De nada adiantam as lixeiras de coleta seletiva espalhadas pelo campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), se as pessoas não respeitam os rótulos dos equipamentos e colocam, por exemplo, casca de banana no recipiente destinado ao papel. Para ajudar na conscientização e não deixar dúvidas para as pessoas sobre em qual local deve ser depositado cada resíduo, Andressa Caroline Trautenmüller e Mariana Vieira, estudantes do curso de Gestão Ambiental da instituição, estão percorrendo todos os prédios para sinalizar corretamente as lixeiras e distribuir os cartazes informativos.
Com pátio interditado, escola de Santa Maria vai cortar 20 árvores
O Centro de Tecnologia e o Colégio Politécnico já estão com as lixeiras devidamente identificadas. Os outros prédios devem receber a visita das estudantes em breve. Os equipamentos estão sendo adesivados de acordo com as demandas mais específicas de cada local. Além disso, as acadêmicas estão tirando dúvidas de quem as encontra por aí, organizando o recolhimento de resíduos no campus. Para quem não teve a chance de encontrá-las, vale ficar atento para as cores das lixeiras e suas respectivas destinações: as azuis são para papéis; as vermelhas, para plásticos; as amarelas, para metais; e as cinzas para os resíduos que não são considerados recicláveis.
UFSM divulga resultados de concursos para professor
Há mais de um ano, uma turma da UFSM trabalha para garantir a destinação correta do lixo, especialmente no que diz respeito à coleta seletiva. O projeto Coleta Seletiva Solidária conta com 54 pontos de arrecadação no campus. Além de receber os resíduos recicláveis, o grupo auxilia quatro associações de recicladores de Santa Maria (dos Recicladores Pôr do Sol (Arps), dos Selecionadores de Material Reciclado (Asmar), de Reciclagem Seletiva de Lixo Esperança (Arsele) e de Catadores e Reciclagem Noemia Lazzarini), que ficam com o material arrecadado.
A coletiva seletiva oferece, ainda, 14 pontos de recebimento de resíduos orgânicos, que são repassados para o Colégio Politécnico, onde é feita a compostagem para gerar adubo para a jardinagem da UFSM.
VÍDEO: Estudantes e comunidade poderão "descobrir" a UFSM em setembro
A coleta ocorre duas vezes por semana, nas segundas e quartas-feiras, no campus, e só contempla os resíduos recicláveis e orgânicos produzidos dentro da universidade (não é possível levar lixo doméstico para ser recolhido no local). Para terem o material recolhidos, funcionários dos setores da instituição só precisam levar o material aos pontos de coleta (a lista e mais informações estão disponíveis em ufsm.br/coletaseletiva).
Os cinco contêineres de coleta seletiva, que estão distribuídos no centro de Santa Maria, ainda estão em fase de testes por parte da prefeitura. De acordo com o secretário adjunto de Meio Ambiente, Guilherme da Rocha, a instalação dos outros 95 equipamentos vai gerar custos de cerca de R$ 30 mil aos cofres públicos e, por isso, antes de providenciar os contêineres, é importante verificar como a população se comporta, e fazer uma licitação para escolher uma empresa que fique responsável pelo recolhimento dos resíduos:
UFSM prevê nova chamada pelo Sisu ainda neste mês
– Estamos avaliando que tipo de material as pessoas estão depositando nos lixos e como se comportam os catadores. Não estamos fazendo o recolhimento porque os próprios catadores estão retirando o material reciclável dos equipamentos.